Gilberto Melo

Mudança de CPD para sala-cofre prepara Supremo para receber processos eletrônicos

O Centro de Processamento de Dados (CPD) do Supremo Tribunal Federal (STF) passou a funcionar, recentemente, isolado dentro de uma sala-cofre. O espaço, com 43 metros quadrados, abriga todos os equipamentos que armazenam os dados do Tribunal e do Conselho Nacional de Justiça. Com o investimento em segurança, o STF prepara seu parque tecnológico para a chegada dos processos eletrônicos, cuja tramitação se inicia nesta quinta-feira (21).

 A sala-cofre possui os mais avançados recursos para preservar a integridade física das máquinas. A temperatura é regulada por três aparelhos de ar-condicionado, instalados de forma que um sempre esteja em funcionamento. As paredes são resistentes a tiros, inundações e incêndios, resistindo, por exemplo, a pelo menos 50 minutos de exposição direta ao fogo. Sensores internos são capazes de detectar qualquer princípio de incêndio, cessado instantaneamente com o uso de um gás que impede a combustão.

A parte elétrica é outro grande diferencial do novo ambiente. No breaks e geradores garantem a disponibilidade dos sistemas, mesmo com quedas de energia. O secretário de Tecnologia da Informação do STF, Paulo Pinto, explica que em condições adversas, a sala-cofre “funciona como uma caixa preta de um avião, mantendo intactas as informações que ficam lá dentro”.

Entre os equipamentos protegidos, estão o computador principal, todos os servidores da rede e uma fitoteca robotizada, que vai guardar o acervo produzido pela TV Justiça, que já conta com mais de 4.600 horas de gravação, e pela Rádio Justiça. Esses arquivos com som e imagem consomem grande quantidade de memória e, para atender a demandas como essa, além dos dados corporativos e dos processos virtuais, a capacidade total de armazenamento de dados chega hoje à marca de 200 terabytes. Um relógio atômico, que vai fixar a hora legal para todo o Judiciário, também estará instalado na sala-cofre.

Como parte do processo de segurança, a entrada é restrita a poucos técnicos, que devem utilizar senha e passar por verificação biométrica para entrar no local. O ambiente é monitorado por circuito de TV, dentro e fora da sala.

A licitação para aquisição da sala-cofre foi realizada em 2006 e sua instalação levou pouco mais de três meses. Com a mudança, “o Supremo transformou-se em um centro de excelência em TI”, conclui o secretário Paulo Pinto.

Fonte: www.stf.gov.br