No tablet ou smartphone, não faltam opções de aplicativos para quem quer gerenciar melhor as finanças. Entre as funcionalidades estão controle de gastos pessoais e de investimentos, auxílio na declaração do Imposto de Renda, registro de bens e elaboração de orçamentos. Consultores de finanças recomendam que o usuário teste quantos aplicativos forem necessários até que encontrem o ideal. Isso porque cada ferramenta tem um nível diferente de sofisticação de dados. Nas lojas virtuais da fabricante do aparelho, há desde os mais simples, com interface intuitiva, até aqueles mais completos, para quem já está acostumado a lançar gastos e fazer cálculos em planilhas Excel. Apesar de gratuitos, muitos têm uma versão paga, que oferece mais funcionalidades aos usuários. O custo geralmente é de até R$ 10. Jurandir Sell Macedo, consultor de finanças pessoais do Itaú e professor da Universidade Federal de Santa Catarina, e o educador financeiro Mauro Calil, recomendam o Yupee, um gerenciador financeiro gratuito disponível para Android e iPhone. “Ele tem sofisticação intermediária. É possível verificar gastos previstos e aqueles efetivamente realizados. Também é fácil reagrupar contas”, diz Calil.
O blogueiro da área de investimentos Henrique Carvalho indica o Organizze. “Abandonei planilhas depois que conheci o aplicativo”. conta. Muitos aplicativos são a versão mobile de programas financeiros que também estão disponíveis em sites e podem ser baixados no computador e acabam sendo um complemento móvel na rotina do dia a dia, o que previne esquecimentos e ajuda a reforçar o controle das contas. Na hora da escolha, o usuário deve verificar se o aplicativo é bem avaliado por outros usuários. Algumas funcionalidades também são importantes. Alguns permitem importar planilhas eletrônicas, para quem já tem o hábito de controlar gastos em outras plataformas. Para proteger dados, outros requisitam senha para visualização das informações. Softwares brasileiros tendem a ser mais adaptados à realidade financeira dos usuários do país. Para quem quer fazer uma análise sobre gastos, é interessante poder dividi-los por categorias, como alimentação e entretenimento. “Dessa forma, o usuário tem consciência dos gastos e otimiza as escolhas no próximo mês”, aponta Samy Dana, professor da Fundação Getúlio Vargas. Ele também aponta para a importância de registrar gastos ‘fantasmas’. “São gastos menores que fazem diferença no final do mês. A plataforma móvel facilita o lançamento de gastos”. Porém, não basta lançar contas e não ter a visão dos universo dos gastos, aponta o educador financeiro Reinaldo Domingos. “O ideal são análises periódicas. Sabemos que existe 20% de excesso em cada despesa. Isso pode ser realocado quando é feita uma análise. Não adianta controlar o erro. O importante é resolvê-lo.” Para usar aplicativos, é necessário o mínimo de disciplina. “Eles não servem para quem anota gastos no canhoto do cheque. O usuário deve ter o mínimo de organização prévia”, diz Calil. “O importante é criar a rotina”, completa Macedo. “A maior parte das pessoas só faz controle quando está mal financeiramente. Mas ele também serve para fazer planos”, aponta Jurandir Macedo.
Autor (a): Marília Almeida
Fonte: Brasil Econômico